O hospital pode impor metas de atendimentos por hora?

6/6/20252 min read

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Nos últimos anos, aumentou o número de relatos de médicos pressionados por metas abusivas de produtividade impostas por hospitais, clínicas ou operadoras de planos de saúde. Essa realidade tem afetado a autonomia médica, a qualidade do atendimento e até gerado riscos jurídicos.

Mas afinal: o hospital pode impor metas de atendimentos por hora? O Parecer CFM nº 08/2025 trouxe um posicionamento claro sobre essa prática — e este artigo te explica tudo.

O que diz o CFM sobre metas impostas por instituições?

O Conselho Federal de Medicina, por meio do parecer nº 08/2025, afirmou que impor parâmetros quantitativos de atendimentos como regra ou exigência fere princípios éticos da profissão.

O parecer considera antiético, por exemplo:

  • Exigir atendimentos por tempo limitado, como “x pacientes por hora”;

  • Vincular avaliações de desempenho exclusivamente ao volume de atendimentos;

  • Estabelecer metas que ignorem a complexidade clínica ou o tempo necessário para cada caso.

Por que metas abusivas são um risco ético e jurídico?

Além de afetarem diretamente a qualidade do atendimento, metas de produtividade desproporcionais podem colocar o profissional em situações de:

  • Pressão excessiva, resultando em falhas e omissões;

  • Responsabilização por erros, mesmo em condições inadequadas;

  • Denúncias no CRM, quando pacientes sentem que foram atendidos com pressa ou negligência;

  • Judicialização crescente, especialmente em casos em que faltam provas de que o profissional estava operando sob essas imposições.

Quando metas financeiras atropelam a medicina

Um dos pontos mais críticos apontados no Parecer CFM nº 08/2025 é a consequência direta de metas abusivas impostas a médicos:

Quando uma instituição coloca metas financeiras acima da ciência, o que está em jogo é:

  • Subdiagnóstico

  • Subtratamento

  • Constrangimento ético ao médico

Essa realidade compromete não só o cuidado com o paciente, mas também coloca o profissional em risco de responder eticamente por decisões que foram forçadas por metas comerciais.

O que fazer se você estiver sendo pressionado?

Se você é médico ou gestor e percebe que metas estão interferindo na autonomia médica ou na segurança dos atendimentos, algumas ações são possíveis:

  • Documente as exigências feitas pela instituição;

  • Busque suporte jurídico especializado para avaliar riscos e limites legais;

  • Faça denúncias éticas fundamentadas, se necessário;

  • Reforce internamente a importância da qualidade sobre o volume.

Como blindar sua prática contra esse tipo de imposição?

Ter orientação jurídica preventiva é essencial para garantir que a sua atuação como médico ou a operação da sua clínica esteja alinhada aos parâmetros éticos e legais.

Com o suporte correto, você pode:

  • Revisar contratos e cláusulas que tratem de metas ou produtividade;

  • Elaborar protocolos que priorizem o tempo adequado de atendimento;

  • Resguardar sua responsabilidade em casos de pressão institucional.

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  • Evitar riscos éticos e jurídicos;

  • Garantir autonomia médica;

  • Construir um atendimento seguro e legalmente protegido.

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